sexta-feira, novembro 29, 2013

Uma luta de nós todos



contra alguns,
algures e nenhures,
... por S.Bento e Belém

Crónica internacional

 - Edição Nº2087  -  28-11-2013

Perigos e possibilidades…

O denominado «plano de acção comum» alcançado pelo Irão com os EUA, a França, o Reino Unido, a Rússia, a China – os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas – e a Alemanha, no passado fim-de-semana, embora sendo um «acordo preliminar» e com alcance limitado, já teve e continuará a ter múltiplas repercussões.
Entre outros aspectos, que só a evolução próxima da situação no Médio Oriente poderá ajudar a compreender melhor, este «acordo preliminar» reconhece o direito do Irão – como acontece com qualquer outro país signatário do Tratado de Não Proliferação (TNP) –, a desenvolver um programa de utilização de energia nuclear para fins pacíficos (integrando, naturalmente, a capacidade tecnológica e autónoma de processar o enriquecimento de urânio), como tem vindo a ser afirmado pelas autoridades iranianas ao longo dos últimos dez anos. Inalienável direito que alguns querem condicionar ou, mesmo, impossibilitar.

Recorde-se que, tendo como pretexto o programa nuclear iraniano e a pretensa intenção, sempre rejeitada pelas autoridades deste país, de alcançar a arma nuclear, o Irão foi alvo de sanções, de medidas unilaterais ao nível diplomático, financeiro e económico impostas pelos EUA e a União Europeia – à margem das Nações Unidas e do direito internacional –, assim como de ameaças de agressão, inclusive nuclear, e de acções de autêntico terrorismo de Estado, como o sistemático assassinato dos seus cientistas nucleares.
No entanto, a situação demonstra que o principal responsável pela tensão no Médio Oriente é o imperialismo norte-americano pela sua estratégia recolonizadora, de ingerência e de guerra, que visa o controlo desta região e dos seus imensos recursos – consubstanciada no denominado «Grande Médio Oriente» –, que tem em Israel o seu principal aliado. Israel que oprime o povo palestiniano, que agride e ocupa ilegalmente territórios da Palestina, da Síria e do Líbano, e ameaça de agressão o Irão.
O «acordo preliminar» agora alcançado ajuda a evidenciar que o principal e real obstáculo à eliminação das armas nucleares no Médio Oriente é Israel – que é a única potência nuclear nesta região, não é membro signatário do TPN e recusa submeter à monitorização da Agência Internacional de Energia Atómica o seu programa e instalações nucleares –, e os EUA que as transportam nos seus meios aéreos e marítimos e as instalam nas suas bases militares, nomeadamente, nesta região. Como contribui para salientar que, de uma forma mais geral, a questão fundamental que se coloca – e tantas vezes escamoteada – é a necessidade e a justa exigência, prevista no TNP, de levar a cabo efectivas negociações e medidas que cessem a corrida a novas armas nucleares e assegurem o desarmamento nuclear, nomeadamente por parte das potências nucleares.

No entanto, há que estar atento. Continuarão a ser muitos os obstáculos a uma solução negociada e pacífica, no respeito dos princípios da Carta das Nações Unidas, para o problema criado em torno do programa nuclear iraniano. Não é de estranhar que mal foi anunciado o «acordo preliminar», e apesar dos seus limites, logo se movimentaram as forças para o colocar em causa, fazer fracassar a oportunidade aberta por este e escalar de novo a tensão e o conflito.
Sem dúvida que muitas questões estão ainda por responder – e o Iraque e a Líbia aí estão a alertar-nos. Mas como a realidade demonstra é a resistência e a luta dos povos contra a ingerência e a agressão que são o maior obstáculo aos intentos do imperialismo e o factor determinante para a conquista e defesa da soberania e independência nacionais, do progresso social e da paz. É também assim no Médio Oriente, vejam-se os heróicos exemplos do povo palestiniano e do povo sírio.


Pedro Guerreiro 

O PCP recebeu coordenadora dos sindicatos da PSP

A greve nos CTT - Uma noite agitada


Tensão entre polícia 

e trabalhadores dos CTT 

durante piquete de greve

Corpo de intervenção da PSP forçou elementos do piquete de greve a abrir caminho à saída de camiões. Secretário-geral da CGTP e deputados contestam empurrões.


  • A  PSP foi chamada na noite de quinta-feira ao centro de distribuição dos CTT em Cabo Ruivo, Lisboa, onde decorria um piquete de greve na presença secretário-geral da CGTP. Na zona de saída de camiões, enquanto elementos da polícia de intervenção tentavam afastar grevistas e sindicalistas, forçando-os a confinarem-se a um lado da estrada, gerou-se alguma confusão.
  • Arménio Carlos e os deputados Bruno Dias (PCP) e Pedro Filipe Soares (Bloco de Esquerda), ali presentes, estiveram entre os que foram empurrados. Enquanto alguns polícias formavam um cordão de segurança que, aos poucos, ia empurrando o grupo do piquete de greve, o secretário-geral da CGTP apelava: “Tenham calma, ponham-se lá no vosso sentido. Qual é o problema de segurança aqui, pá? Não se virem contra aqueles que estão do vosso lado, pá. Virem-se contra aqueles que estão do outro lado, que vos exploram, que vos cortam os salários, pá. As pensões, pá. Ainda não perceberam isso?”.Nesse momento de agitação, a polícia conseguiu abrir espaço suficiente para os camiões ali parados seguirem a marcha. A intervenção policial dividiu-se em cerca de 20 efectivos à porta das instalações dos CTT e outros tantos, do outro lado da estrada, a confinar os manifestantes, que em piquete de greve protestavam contra a privatização da empresa.
  • Os deputados ali presentes insurgiram-se por a polícia os pretender confinar os elementos do piquete a um lado da estrada, com Pedro Filipe Soares a dizer que vai levar a situação à Assembleia da República. 
  • Arménio Carlos condenou igualmente a acção policial, considerando-o um “acto de coarctar a liberdade”, apesar de responsabilizar “não a polícia, mas o Ministério [da Administração Interna] e o Governo”.
  • Bruno Dias disse à agência Lusa que “o piquete de greve foi impedido de exercer as suas funções” e considerou “inaceitável que [os polícias] digam que estão a garantir a circulação do trânsito”.
  • No mesmo sentido, Pedro Filipe Soares condenou o que considerou ser um “uso abusivo de força” pela polícia, ao “empurrar [os manifestantes] para o outro lado da estrada” e que “o piquete de greve estava a defender os postos de trabalho”. O deputado do Bloco de Esquerda acusou as forças da autoridade de estarem "a ir contra a lei", considerando que "não há justificação para o que está a acontecer” e acusou-as de estarem “a defender apenas os accionistas, não o interesse nacional”. 
  • Cerca da 0h20, a polícia de intervenção retirou-se, permanecendo um cordão policial à porta da saída dos camiões, sem movimento de entrada e saídas. Depois deste momento de tensão, os deputados e o secretário-geral da CGTP continuaram no local, onde alguns manifestantes erguiam alguns cartazes de protesto como “Tirem-me deste filme”, “CTT 500 anos de história não se vendem” e “Não há que vender. Vendam o senhor engenheiro”.
  • Num comunicado sobre a adesão à greve desta sexta-feira, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) considerou a actuação do corpo de intervenção da PSP como “vergonhosa”, dizendo que os elementos da PSP foram ali chamados “para atacar de forma indecorosa e brutal os componentes do piquete” de greve.
  • Segundo o SNTCT, afecto à CGTP, a adesão à greve no turno da noite foi de 83% em Lisboa, Porto e Coimbra.
  • Nesta jornada de protesto, está agendado para as 14h30 um plenário de trabalhadores a realizar na Praça dos Restauradores, em Lisboa, com o objectivo de decidir a continuação de acções de luta contra a privatização da empresa, seguindo os trabalhadores em manifestação junto ao Ministério das Finanças, a partir das 15h30.

quinta-feira, novembro 28, 2013

Saramago



5ª feira, sempre avante!


Grande manifestação em Lisboa e acções em todo o País

OE chumbado nas ruas

O «dia nacional de indignação, protesto e luta», convocado pela CGTP-IN e que mobilizou centenas de milhares de trabalhadores, fez deste 26 de Novembro o dia da rejeição popular do Orçamento e da política de que ele faz parte. Este é o tempo de «endurecer e intensificar a luta pela mudança urgente e inadiável», disse Arménio Carlos, apelando à mobilização de todos para as novas lutas convocadas pela CGTP-IN: entre 16 e 20 de Dezembro, uma semana de acções públicas pelo aumento dos salários e das pensões, contra os cortes previstos no OE, pelo emprego com direitos, pela protecção social para todos os desempregados. Para o dia 19 de Dezembro, uma concentração-vigília, a partir das 18.30 horas, em Belém, junto à Presidência da República.
  

quarta-feira, novembro 27, 2013

A bacanal do mando continua...

Segundo fontes próximas ao processo, "o Estado vai indemnizar todos os trabalhadores dos ENVC, havendo depois um compromisso por parte da Martifer A Martifer, (que ganhou a subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, compromete-se a criar 400 postos de trabalho).para entrevistar aqueles que queiram vir a integrar os quadros da nova empresa que será constituída".

... mataram a legitimidade!

No dia de hoje. Reflexão lenta

Hoje, o momento exige-me uma reflexão lenta. Mastigada.

Ontem, foi o dia nacional da indignação. E - e porque - foi o dia em que se aprovou, na Assembleia da República, o orçamento de Estado para 2014, com os votos (menos um) de uma maioria que, evidentemente, já não existe nos eleitores (nos que a elegeram e nos que abdicaram de escolher), que não existe na realidade em que vivemos, os portugueses (os que cá estão e os que abalaram). 
Ontem, teria sido o dia em que culminou uma caminhada de protestos e de manifestações (no sentido lato) face às opções de um um governo, de uma política. De um sistema que se (des)mascara.
Teria havido uma mudança nas formas de luta. Da luta organizada que vinha caminhando para acontecer essa mudança. Depois dos muitos (quantos!) passos quantitativos, um salto qualitativo. Porque condições subjectivas se vieram juntar às condições objectivas, diria alguém.
Ter-se-ia passado da defesa e do contra-ataque ao ataque continuado, diria o léxico futebolístico.
Mas. Mas não nos iludamos. Este "jogo" não tem 90 minutos com eventuais prolongamentos de meia hora e desempate por penalties.

A luta continua. Contínua para alguns. Os imprescindíveis, disse Brecht. Os que levam o "jogo" até ao futuro. Humano.

terça-feira, novembro 26, 2013

dias de agora, este em particular

 (...)

Depois, fui ver a caixa do correio com aquele habitual, mesmo que escondido ou recatado, sentimento de expectativa: que é que correio me terá trazido?

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E lembrando-se, sempre, com alguma nostalgia, daquele tempo, tantas décadas atrás, em que ia daqui até Pinhel, à venda do ti’Francisco da Reca – bem 2 quilómetros –, buscar o correio.

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O serviço público! Que sempre foi…

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Desta vez, hoje, tinha uma carta para mim, perdão, para si... que sou eu:

 


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Dos CTT?

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Cheirou-me logo a esturro… ou seria a outra coisa?

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Abri… e confirmei o cheiro!

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O assunto era ”Privatização CTT/esta oportunidade é dirigida a si, isto é, a mim!


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Ora toma!

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Li o que o “gestor público” em trânsito para "gestor no/do privado" – ao serviço de quem tem estado, assim traindo o patrão que somos nós – a si-mim propunha.

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Que transmitisse “a sua (minha!…) ordem de compra de ações no seu (meu?!...) banco até 2 de dezembro.

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E assina o fulano, no cargo de Presidente do Conselho de Administração em que deverá pretender continuar dado o bom serviço que prestou e presta (a quem?): Francisco de Lacerda.

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Claro que, de imediato, o mandei onde a rima sugerida ou suscitada pelo seu apelido de… isso.

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E fiquei um pouco aliviado, neste dia de indignação. E DE LUTA!

O povo na rua a "votar" o orçamento

Dia de indignação (e luta, claro)

Vários sindicalistas da CGTP estão a ocupar os átrios dos ministérios da Economia, da Saúde, do Ambiente e das Finanças, em Lisboa. Em cada local estão cerca de 40 pessoas. O protesto ocorreu em simultâneo entre as 15h00 e as 15h30, segundo informações apuradas pela Renascença junto da PSP. Não há registo de incidentes.

Pela Liberdade, pela Democracia, por Abril






Hoje - 26 de Novembro - lembrando mais perto



O trabalho dos deputados do PCP
(e de todo o colectivo que os apoiou)
foi verdadeiramente excepcional,
como o (de)mo(n)stram estes vídeos.
Obrigado, camaradas!

segunda-feira, novembro 25, 2013

Última hora:

(está ali a passar na televisão, em rodapé...)
«Tribunal Constitucional declara constitucionalidade do diploma que aumenta para 40 horas a duração do trabalho semanal na função pública.»

Longe de mim (in)tentar qualquer tipo de pressão sobre o TC, mas não fui capaz de evitar trazer aqui a lembrança de, há cerca de 20 anos, ter votado favoravelmente, no PE, um relatório de Michel Roccard (ex-1º ministro francês) que colocava o horário de trabalho semanal nas 35 horas, fundamentado com a argumentação de assim se pretender combater o desemprego!
E não digo mais nada,,, nem quanto o desemprego aumentou de então para agora.

Mais uma véspera!


A memória não pode ser curta - alianças e unidades

Num caminho inverso do habitual (blog-->facebook), fui buscar para aqui um texto de um amigo, publicado no facebook, que me pareceu vir ao encontro (e valorizar) reflexões já aqui deixadas:

«A memória não pode ser curta!

Antigamente o jornal tinha uma esperança média de vida bem curta. Saía da papelaria imaculado, sem dobras e passava directamente à mesa da pastelaria da esquina. Fazia-se acompanhar de um café, um pastel de nata e escancarava as gordas de página em página, uma imensa onda de novidades e cheiro a coisa nova. Seguia depois para o trabalho, agora enfiado na pasta e já sem a aura impoluta que cinco minutos antes o caracterizava. Tinha sido desvirginado e só voltaria a ver a luz do dia lá para a hora do almoço. Então, com mais vagar e uma leitura atenta de um ou outro artigo que por natureza das circunstâncias chamasse a atenção do leitor. Porque a vida também tem muito de trágico e porque estas coisas são mesmo assim, o jornal chegava a casa ao fim do dia com cheiro a mofo, um ar cansado, esbatido e as notícias com ar de terem sido escritas há muito tempo. Que dizer então do dia seguinte, se a sorte lhe permitisse tal destino em vez do habitual caixote do lixo? Parecia já coisa antiga que na melhor das hipóteses seria usada para atear o lume e, finalmente, morrer sem honra nem glória na companhia de uma acendalha com ar de pavão e chama fácil.

Isto fazia das notícias qualquer coisa de curta duração. Ejaculação precoce favorável ao consumo imediato mas sem nada que avivasse a memória em relação ao que foi dito.

Hoje, é tudo um pouco diferente. Estamos ligados em rede e os jornais tornaram-se electrónicos. A ejaculação já não é tão precoce. Vejamos:
"A venda de parte das participações detidas na EDP, na Galp e na REN, bem como a privatização da TAP, dos CTT e da área seguradora da CGD está a ser ponderada pelo Governo, revelou hoje o ministro Teixeira dos Santos.
A novidade foi hoje avançada pelo governante numa entrevista telefónica concedida à agência de informação financeira Bloomberg, no mesmo dia em que o Executivo apresentou as linhas mestras do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) até 2013."

Esta era a posição do PS em 2010, estando na altura no governo.

As capas dos jornais de hoje:
  • PS contra “agenda escondida de privatização da administração pública”
  • PS contra privatização de TAP, RTP, ANA, CGD e Águas de Portugal
  • PS: privatização dos CTT «lesa os interesses nacionais»! 


Alianças? Sim, indispensáveis!
Mas… com “estes” a serem os mentores (e aproveitadores) da chamada “unidade de esquerda”?!

PG»

OBRIGADO!


A propósito, é bom lembrar...



A indignação de Bruno Dias,
na sua intervenção final
depois das perguntas feitas,
por ele e pelos seus camaradas de bancada,
é mais que justificada, é estimulante... e sadia!
OuVejam!

Notícias "económicas"

do "Económico":

Descubra as últimas jogadas 
dos mestres da bolsa
Rui Barroso   
25/11/13

Maiores investidores do mundo foram cautelosos nas compras e um deles manteve a aposta na queda do S&P 500.
Alguns dos maiores investidores do mundo foram cautelosos nos negócios feitos no terceiro trimestre do ano. As compras de novas acções foram poucas e George Soros manteve uma aposta enorme na queda da bolsa norte-americana, segundo dados da GuruFocus baseados nos relatórios trimestrais que os grandes investidores têm de divulgar ao regulador financeiro norte-americano.
O homem que se notabilizou nos mercado com uma aposta especulativa na queda da libra colocou um ‘put option' sobre um instrumento que replica o desempenho do índice S&P500 num valor estimado de 470 milhões de dólares no primeiro semestre do ano.E no terceiro trimestre manteve essa aposta na descida das acções, numa altura em que muitos investidores alertam para a possibilidade de existir uma bolha especulativa devido à injecção de milhares de milhões de euros dos bancos centrais no sistema financeiro.
Apesar desta aposta negativa, houve empresas a merecer a aposta de Soros no último trimestre. Foi o caso da Microsoft, que se tornou a empresa com maior peso na carteira de investimento do multimilionário. Além da tecnológica, Soros apostou ainda no maior fabricante de genéricos do mundo, a israelita Teva Pharmaceutical Industries, e na empresa de entregas de encomendas e de logística FedEx. Também John Paulson, que se notabilizou com os lucros conseguidos durante a crise do ‘subprime' apostou forte na FedEx no último trimestre. O gestor de ‘hedge fund' reforçou ainda a posição na Vodafone, o que levou a cotada a tornar-se no seu maior terceiro investimento.
Outra das poucas grandes apostas no último trimestre foi feita pelo investidor Carl Icahn.Esta lenda de Wall Street abriu uma posição elevada na Apple, que levou a fabricante do iPhone a tornar-se na terceira cotada com maior peso no seu portfolio.
Também Warren Buffett foi comedido na hora de adicionar novas empresas à sua gigante carteira de investimento. Fez apenas uma nova compra: acções da Exxon Mobil. Mas a dimensão da aposta levou a petrolífera a ser a sétima empresa com maior peso no portfolio do Oráculo de Omaha. E as escolhas de Buffett continuam a merecer a confiança de Bill Gates. O fundador da Microsoft continuou a reforçar no último trimestre na empresa de Buffett, a Berkshire Hathaway, que ganhou assim ainda maior relevância na carteira de investimento de Gates. O empresário tem ainda feito compras na Europa, como a aquisição de acções da espanhola (...) 
 Governo garante que não há plano B e afasta aumento de impostos

 

“Temos de comunicar melhor 
o que fizemos junto dos investidores”
António Costa   
25/11/13

Portugal, diz Pires de Lima, foi o País que dentro da Europa Ocidental mais viu crescer as exportações, mas é preciso fazer um melhor esforço de comunicação.

O Orçamento do Estado para 2014 é "credível", defende o ministro da Economia que o justifica com a consolidação do lado da despesa. "Retoma-se um trajecto que, de alguma forma, foi prejudicado pelas decisões do Tribunal Constitucional em 2012." 
Considera ainda que a economia nacional dá sinais "mais consistentes" de que saiu da espiral recessiva, mas avisa que a recuperação será gradual.
Amanhã é aprovada na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2014. É um Orçamento credível?

É um orçamento credível. Em primeiro lugar, é consistente com aquilo que este Governo procurou fazer assim que foi eleito, que foi fazer a consolidação orçamental por via da despesa.
Nesse sentido, retoma-se um trajecto que, de alguma forma, foi prejudicado pelas decisões do Tribunal Constitucional (TC) em 2012. Depois, a prova está no tipo de discussão que hoje se vive do ponto de vista económico em Portugal. Aquilo que se está a discutir neste momento é se Portugal vai crescer 0,4% ou 0,8%, se o desemprego vai cair 1% ou 2%.

Isto até... "arrepia"!
Isto é "casino"!
A "consistência" deles
é o viver totalmente inconsistente
dos seres humanos
... que neles votaram 
para que os representassem,
com base numa ordem constitucional
que se tornou uma obsessão para eles, 
sempre potenciais ditadores. 



domingo, novembro 24, 2013

sábado, novembro 23, 2013

Nos dias de agora, à esquerda!

Eu, militante confesso e assumido do PCP, me confesso (nos dias de agora):

(...)
Mas, entretanto, fui comprar o Expresso… e outras compras.

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O que me levou a adiar a continuação da leitura do original do Chico Galiza.

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Sobretudo por causa da notícia/reportagem sobre a reunião soarista da Aula Magna.

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Que, pelo que vejo, me está a causar mossa.

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Aliás, ontem, antes de pegar no texto do Chico Galiza, ainda ouvi a intervenção do Ruben de Carvalho (aqui reproduzida) na dita reunião, se calhar para me confirmar que ele fora lá (como o Miguel Tiago, e o Domingos Abrantes, e a Conceição Matos e, mais importante, o membro da Comissão Política Jorge Pires, que identifiquei nas tomadas de vista da televisão).

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Em Defesa da Constituição, da Democracia e do Estado Social!

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Como sempre, e antes de todos!

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OuVi, e resmungo.

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Não pelas palavras ditas (que poderia discutir), mas por o terem sido naquele “acto de cidadania” ao serviço do PS, do pior PS, do PS de Mário Soares, que se antecipa a coisas como a convenção:
para 8 de Dezembro (também discutível… mas outra coisa!)

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E, ao mesmo tempo, a aparição, como que em cima de uma azinheira dessa “coisa” que se atreve a chamar-se Livre.

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Há sempre uma “esquerda” que convém quando as gentes andam desavindas com as políticas e se corre o risco (quem?) de que elas tomem consciência (de classe!)

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Porque há uma espécie de esquerda sem classe, ou que pactua com a classe dominante… porque, para essa dita esquerda,  não há classes e muito menos luta.

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E, por isso, surge sempre oportunamente apadrinhada pela classe que domina.

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Veja-se o que diz o Expresso (e que convém sempre ler porque sabe o que quer e diz o que quer que seja retido).

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E tem enorme influência na opinião pública a formatar naquilo que expressa e faz televisão.

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Tem este “toque cirúrgico”: «Pacheco foi, dos oito oradores, o mais aplaudido, ovacionado de pé por uma plateia que se diria maioritariamente de esquerda, tantos os presentes do PS, do Bloco de esquerda dos sindicatos. Mas também da APRE! ou das forças militares. (…)»

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E por aí fora, sem uma palavra para as presenças de militantes do PCP (dirigentes, deputados) e à intervenção do Ruben.

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É curioso. Muito se teria dito se não estivesse lá ninguém do PCP, anatematizando a ausência, como sinal de isolamento e de divisão.

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Quando a luta está a ter carácter de massas, o MRPP, e os m-l todos, e a UDP com continuidade parlamentar, depois o reforço com um Bloco juntando tudo o que há de mais "à esquerda" e, quando este começa a perder poder de fogo… lá vem um Soares (à "esquerda da direita" ou à "direita da esquerda"?) e um Rui Tavares recauchutado depois de uma rodagem na estância Parlamento Europeu, para onde foi, em 2009, como 3º eleito desse Bloco da dita esquerda, e tirando o lugar ao que poderia ter sido o 3º da CDU.    

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Não resisto a ir buscar, à estante, um volume da Vértice, de 1999, em que, para a questão Caminhos da Esquerda, escrevi um texto de que não me envergonho: A esquerda ainda existe?

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Começava assim:



































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Para terminar assim:
(…)



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Há esquerda? Há!

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Então… à esquerda! 



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avante!

Em nome do P.

na reitoria, a 21 de Novembro de 2013

Continuando... a privatização dos CTT!

Reli o que está nos dias de agora (e no anterior post) e acrescentei:

Acabei de escrever isto para os dias de agora, transcrevi-o para o anónimo e, agora, ao reler o escrito e transcrito, verifico que me falta uma referência absolutamente indispensável.

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A relativa à privatização dos CTT, deste serviço público natural e desde sempre, que traduz, de forma inequívoca, insofismável, a vertente ideológica, de classe, desta política.

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Por via de partidos social-democrata e democrata-cristão, postos em causa pela… “esquerda” alargada â potencial participação de Adriano Moreira, Freitas do Amaral (reincidente nestas incursões) e outros?

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Aqui, recorro à memória e pergunto-me: são estas medidas, concretamente esta da privatização dos correios, “invenções” desses partidos ou o resultado de uma política que vem bem detrás?

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Fui buscar um recorte que me interpela com frequência:
































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Está aqui escrito: “A venda de parte das participações detidas na EDP, na Galp e da REN, bem como a privatização da TAP, dos CTT e da área seguradora da CGD está a ser preparada pelo Governo revelou hoje o ministro Teixeira dos Santos”.

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De que partido era, então, este ministro?

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A data desta “revelação”? 8 de Março de 2010!